Gerenciamento 3D
O problema é que não basta ter uma placa que execute recursos em 3D. É preciso saber até que ponto vai essa capacidade, uma vez que a indústria lança jogos e outras aplicações que lidam com 3D constantemente e de maneira cada vez mais aperfeiçoada, isso tudo em nome do maior realismo possível. Acontece que, quanto mais avançadas forem as imagens de uma aplicação, mais processamento gráfico será necessário. Por essa razão, na hora de escolher sua placa de vídeo, o usuário deve estar atento às características do dispositivo (clock, quantidade de memória, execução de shaders, entre outros).

Também é importante conhecer alguns conceitos relacionados ao processamento 3D:
- Fillrate: consiste na medida da quantidade de pixels que o chip gráfico é capaz de renderizar por segundo, sendo também chamado de "pixel fillrate". Em outras palavras, trata-se da medição do processamento de pixels. Isso ocorre porque, quando uma imagem 3D é gerada, ela deve posteriormente ser transformada em 2D para que possa ser visualizada na tela, tarefa que se dá pela transformação das informações em pixels. Note que também existe o "texel fillrate", que mede, também por segundo, a capacidade da placa de vídeo de aplicar texturas;
- Frames per Second (FPS): como o nome indica, o FPS indica a quantidade de frames por segundo que é exibida na tela. Quando um filme é executado, por exemplo, ele é, na verdade, composto por uma sequência de imagens, como se fossem várias fotografias seguidas. Cada uma dessas "fotografias" é um frame. Via de regra, quanto maior a quantidade de frames por segundo, melhor é a percepção do usuário para os movimentos que vê. Se o FPS for muito baixo, o usuário terá a impressão de que as imagens estão dando pequenas "congeladas" na tela. O FPS é especialmente importante em jogos, onde lentidão na geração da imagem pode prejudicar o desempenho do jogador. Para games, o ideal é que o FPS seja de, pelo menos, 30 FPS, assim é possível obter o mínimo de qualidade visual. No entanto, muitas vezes a geração de imagens é um trabalho tão pesado que o número de FPS cai. Nestes casos, o usuário pode desabilitar certos efeitos. Com placas de vídeo potentes, é possível manter o FPS em uma taxa mais elevada, sem que efeitos tenham que ser desativados. Daí o fato de muita gente preferir placas que lidam, por exemplo, com 100 FPS, pois quando essa taxa cair, a quantidade disponível ainda será satisfatória;

- V-Sync: uma maneira de tornar a exibição de imagens mais confortável aos olhos humanos é ativando o V-Sync. Trata-se de um recurso que sincroniza a taxa de FPS com a frequência de atualização do monitor de vídeo (refresh rate). Essa medida informa quantas vezes por segundo a tela atualiza a exibição de imagens. Se for 60 vezes, por exemplo, seu refresh rate é de 60 Hz. A sincronização pode fazer com que as imagens sejam exibidas com maior "naturalidade", pois ajuda a evitar efeitos desconfortáveis, como o tearing, que geralmente ocorre quando o FPS é maior que o refresh rate do monitor, causando uma sensação de "rasgo" em imagens bastante movimentadas;

- Antialiasing: este é um recurso extremamente importante para melhorar a qualidade da imagem a ser exibida. Muitas vezes, por causa de limitações de resolução do monitor, objetos 3D aparecem na tela com as bordas "tremidas", como se alguém tivesse passado um tesoura por ali de maneira bem grosseira. Os filtros antialiasing conseguem amenizar esse problema de maneira bastante satisfatória, mas podem exigir muitos recursos de processamento;
